sexta-feira, 20 de abril de 2012

Comandante Rolim


Fonte: Site da TAM



Décadas de 1940 e 1950


Rolim Adolfo Amaro nasceu em 15 de setembro de 1942 na cidade de Pereira Barreto, interior de São Paulo. O mais velho de cinco irmãos, passa os primeiros anos de sua infância morando com os pais, Adolfo e Etelvina, numa casa de sapé, sem luz nem banheiro. Aos 13 anos, é obrigado a deixar a escola para trabalhar - estudou até a segunda série do ginásio. Parte para o trabalho duro. Foi ajudante de motorista de caminhão, cortou madeira, puxou tora em serraria. Com o esforço, compra seu primeiro terno na mesma época em que decide que seu sonho tem de virar realidade: quer se tornar piloto de avião.

Década de 1960

A paixão pela aviação foi despertada por seu tio Joaquim, que apresentou Rolim a seu Paulistinha (avião com dois lugares, usado no treinamento de pilotos civis pelos aeroclubes) ainda na infância. Aos 17 anos, Rolim resolve tirar o brevê. Faz bicos no Aeroclube de Catanduva e consegue, apesar de todas as dificuldades financeiras, concluir o curso de piloto. Mas precisa de mais dinheiro para fazer o exame final. Vende tudo o que tem de relógio a discos. Obtém o brevê, vai para Londrina (PR) e pede emprego na Táxi-Aéreo Star. Conclui o curso de piloto (1958), obteve o brevê, foi para Londrina e conseguiu emprego na Táxi-Aéreo Star, onde pilotou sozinho, pela primeira vez, um Cessna 140 de dois lugares.
Com a implantação dos grandes projetos agroindustriais na região noroeste de São Paulo, voltou para São José do Rio Preto (1959) e passou a trabalhar na empresa Táxi Aéreo Rio-pretense, pilotando um Cessna-170. Entrou, como piloto (1962), na Táxi Aéreo MaríliaS.A, a TAM, empresa fundada por um grupo de dez aviadores (1961), passando a trabalhar diretamente para o industrial do açúcar Orlando Ometto, passando três anos transportando arroz, carne, tijolo e até animais, voando sozinho e cuidando da manutenção do avião. Ganhou bastante dinheiro, mas pegou malária sete vezes. Nesse meio tempo, o Grupo Ometto comprou 51% das ações da TAM e muda a sede da empresa para São Paulo.
O "comandante" casa e faz o mesmo, mas deixa a empresa porque ela quer transportar só malotes. Não tem vocação para piloto de cargas, preferindo o relacionamento humano. Estava na VASP, quando recebeu o convite do Banco de Crédito Nacional. A instituição tinha o avião, mas precisava de piloto para a Companhia de Desenvolvimento do Araguaia. O salário era alto e lhe permitiu economizar para comprar seu primeiro avião, um Cessna 170 (1966), com capacidade para três passageiros. Mudou-se com a família para o município de São Félix do Araguaia e mesmo atacado pela maleita, fundou sua empresa, a ATA - Araguaia Transportes Aéreos. Em dois anos montou uma frota com 15 aeronaves, maior do que a da TAM.
Neste mesmo ano (1968) foi convidado pelo grupo Ometto a ser acionista minoritário (33%) da TAM.
 Lá, não recebia salário. E, para se virar, fazia faxina nos aviões e comia o que sobrava do lanche dos passageiros. À noite, dormindo no hangar e sem cobertor, cobria-se com jornais. Pouco depois, ingressa na Táxi Aéreo Marília com um objetivo: ser o melhor comandante da companhia. Na época, Rolim ainda era o último piloto da escala e sabia que só pularia a lista caso o cliente o solicitasse. É por isso que, quando viajava acompanhado por um passageiro, tratava de agradá-lo. A conquista individual do cliente se tornaria uma obsessão na vida de Rolim, lição que carregaria pelo resto da sua vida e seria aplicada anos mais tarde na TAM Linhas Aéreas.

Na mesma época, trabalha para um projeto agropecuário na fazenda Musiá-Missu, na Amazônia. Rolim é o primeiro a descer no local e passa três anos transportando arroz, carne, tijolos e até animais. Voa sozinho e cuida da manutenção do avião. Ganha dinheiro, mas pega malária sete vezes.

Deixa a empresa por algum tempo e vai voar no Araguaia, a convite do Banco de Crédito Nacional. O salário é alto e lhe permite economizar para comprar seu primeiro avião, um Cessna 170. Leva a família para o município de São Felix do Araguaia para morar em uma casinha de tijolo coberta com folha de coqueiro. Voando sob chuva ou sob sol, consegue fundar sua empresa de aviação, a ATA - Araguaia Transportes Aéreos. Em dois anos, chega a ter uma frota de 15 aviões.

Décadas de 1970 e 1980

No início da década de 70, Rolim retorna à TAM e torna-se sócio, a convite do amigo e proprietário da empresa, Orlando Ometto. Assume a direção da TAM em 1972. Dos anos 70 para cá, a empresa não parou mais de crescer. Iniciativas inovadoras do comandante Rolim Amaro marcaram a evolução da TAM e da própria aviação comercial brasileira. Uma delas referia-se à postura dos funcionários e executivos frente aos problemas: "Nós precisamos de pessoas que tomem decisões. É do nosso catecismo: peque por ação, não por omissão", dizia sempre. Com sua costumeira determinação, implantou o conceito do "espírito de servir", que revolucionou a forma de tratar o cliente na aviação comercial, tornando-se referência no Brasil e no mundo. O respeito absoluto pelo cliente e a formação de equipes altamente motivadas e adequadamente treinadas encantaram os clientes da TAM e a transformaram em uma das empresas mais admiradas do país.

"A TAM criou um relacionamento novo com o passageiro. O cliente é o maior bem que uma organização pode ter. Eu sempre digo aos nossos funcionários: Olha, avião para a empresa, um a mais, um a menos, não significa grande coisa. O que não podemos é quebrar esse pilar da credibilidade, da comunicação, do canal que permite às pessoas saberem que podemos resolver o seu problema. Isso não há dinheiro no mundo que pague", afirmava sempre o comandante Rolim.
Embora a empresa não estivesse em boa situação, inclusive com um patrimônio líquido insuficiente para pagar as contas, aceita a oferta em função das constantes crises de maleita, muitas em pleno voo. Investindo toda sua competência, comprou metade das ações da TAM (1972) e assumiu a direção da empresa. Modernizou a frota e fez a empresa crescer, comprando (1973) 10 novos Cessnas 402, os primeiros aviões brasileiros equipados com radar, inaugurando a linha regular entre São José dos Campos e Rio de Janeiro (1975) e um novo voo São Paulo-Araraquara, além de passar a ser o principal acionista do grupo, com 98% das ações (1976), fazendo a empresa já ser vista como um fenômeno. Enquanto a aviação crescia 15% a cada ano, a TAM aumentava 70% a cada seis meses.
Criou a TAM Transportes Aéreos Regionais (1976), inicialmente operando com seis aviões Embraer EMB-11-C Bandeirante, atendendo o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso. Finalmente assumiu a totalidade das ações da empresa (1979) e entrou na década de sua consolidação com a chegada dos Fokker F-27 (1980). A TAM alcançou a marca de um milhão de passageiros transportados (1981) desde a sua fundação e de dois milhões de passageiros transportados (1984), conquistando o prêmio Top de Marketing por conta da qualidade do serviço que oferecia. Adquiriu a Votec (1986), que passa a se chamar Brasil-Central, e estende sua malha de rotas, principalmente para as regiões centro e norte do país. No mesmo ano, lança o VDC - Voo Direto ao Centro, ligando São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Iniciou o Serviço Primeira Classe (1989) com o Fokker-F-27, ligando os aeroportos centrais de São Paulo e Rio de Janeiro.

Década de 1990 e início do século XXI

A empresa ganhou mais visibilidade com a chegada dos Fokker F-100 (1990), inaugurando a aviação a jato e de alto padrão no transporte regional e caminha para ser a melhor companhia aérea da América Latina. Criou o serviço Fale com o Presidente (1991) e atinge a marca de oito milhões de passageiros (1992) transportados desde a sua fundação, criando um novo estilo de voar, com traços de informalidade e preocupação em valorizar cada passageiro. Lançou o Cartão Fidelidade (1993) e criou a Fundação Eductam, para dar bolsas de estudos aos carentes, apoiar obras humanitárias e participar de projetos culturais e esportivos e criou, também, o Museu Asas de Um Sonho, para preservar a memória e a história da aviação.
Comprou um aeroporto desativado no interior de São Paulo para criar um museu de aeronaves antigas, onde montou a maior e uma das únicas coleções de aeronaves antigas do país, e um centro de manutenção da TAM. Foi eleito o homem de vendas do ano (1994) e inovou aceitando em sua tripulação a primeira comandante mulher. Lançou o serviço Ticketless (1995),o embarque eletrônico sem bilhete, e o Cartão de Crédito Fidelidade TAM. A revista Exame elegeu, pela primeira vez, a TAM a Melhor Empresa Aérea no setor Transportes, em Melhores e Maiores, e a revista Air Transport World a nomeou a melhor empresa aérea regional do mundo. Mostrou toda sua habilidade para divulgar a imagem da TAM depois que seis acidentes envolvendo aeronaves da companhia ameaçaram abalar a prosperidade da empresa.
O pior deles aconteceu logo depois de ser eleita a melhor empresa do setor, quando o voo 402, um Folker 100, que fazia a ponte-aérea Rio-São Paulo sofreu uma pane e caiu logo depois de decolar do Aeroporto de Congonhas, matando 99 pessoas (31/10/1996). Depois do acidente "o comandante" passou a receber os passageiros de alguns vôos que saíam de Congonhas na escada dos aviões, numa tentativa de recuperar a imagem da companhia. Depois disso, suas cartas e vídeos dirigidos aos passageiros tornaram-se uma constante nos vôos da TAM. Um ano depois, uma bomba explodiu durante um voo, matando um passageiro. A partir daí, a TAM passou a adotar uma estratégia de marketing ainda mais agressiva e para continuar crescendo, ele tinha acabado de encomendar 100 aviões da Embraer.
Adquirindo a Helisul (1996) expandiu atividades para o sul do país, e muda a denominação da Brasil Central muda para TAM-Transportes Aéreos Meridionais, que passa a ser a empresa aérea nacional do grupo, passando a operar sem restrições em todo o território brasileiro e faz vôos internacionais. A empresa foi eleita a mais rentável do país pelo jornal Folha de São Paulo, a mais rentável do mundo pela revista Airline Business, e ganha o Grand Prix de anunciante do ano no Prêmio Colunistas, do Caderno de Propaganda e Marketing (1996), enquanto o comandante recebia o Prêmio Excelência 1996, da Associação dos Engenheiros do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Adquire 80% das ações da Lapsa junto ao governo do Paraguai e formou a TAM Mercosul, com concessão para rotas na América do Sul e Europa a partir de Assunção.
Fechou o acordo de code sharing com a American Airlines para operar na linha São Paulo-Miami e comprou cinco aviões AIRBUS A330-200 (1997). Realizou o primeiro voo para a Europa (1999), com destino a Paris em parceria com a Air France e inaugurou a oferta de assentos de classe executiva nos vôos da Super Ponte entre São Paulo, Rio, Brasília e Curitiba e, pela terceira vez consecutiva, ele é escolhido como personalidade do ano, pela revista Aero Magazine. Sua empresa é reconhecida como uma das mais modernas do mundo com um total de 98 aeronaves, 58 são jatos com mais de 100 lugares, com idade média inferior a cinco anos. Os vôos para Paris passam a ser diários (2000), com embarque e desembarque no Aeroporto Charles de Gaulle, aumentou a frota e ampliou a oferta de assentos e passou a operar apenas com jatos de última geração.
A empresa já era a mais rentável do país, com um faturamento de mais de US$ 1 bilhão (2000). Hoje com rotas internacionais, 87 aviões e 7.600 funcionários, alcançou a liderança no mercado de transporte aéreo nacional (2001), com mais de 30% dos passageiros, desbancando a rival Varig. Infelizmente, após passar o fim de semana em sua fazenda em Ponta Porã, na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, morreu durante um passeio de helicóptero, quando o aparelho caiu e explodiu próximo ao vilarejo Fortuna Guazú, que fica no município de Pedro Juan Caballero, no Paraguai (2001), a 25 quilômetros da fronteira. Deixou viúva e três filhos, dois deles já seguindo os passos do pai, na direção da TAM, e a empresa na posição de a mais rentável do país. No carnaval de 2002, será homenageado pela escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro, com o samba-enredo "Nas asas de um sonho". 

Em 1997, o comandante Rolim cria os "Sete Mandamentos TAM". Tratam-se de normas de conduta que considerava primordiais tanto para ele quanto para todos os seus colaboradores. Foram sempre - e são até hoje - lembradas e estimuladas no dia a dia da empresa.São eles:
1- Nada substitui o lucro
2- Em busca do ótimo não se faz o bom
3- Mais importante que o cliente é a segurança
4- A maneira mais fácil de ganhar dinheiro é parar de perder
5- Pense muito antes de agir
6- A humildade é fundamental
7- Quem não tem inteligência para criar tem que ter coragem para copiar

Baseado nesses fundamentos e em um consistente planejamento estratégico, na decisão de investir continuamente em tecnologia e na expansão e modernização da frota da TAM, o comandante Rolim construiu em pouco mais de duas décadas uma das empresas mais bem sucedidas do Brasil. Pouco antes de comemorar a marca de 13 milhões de passageiros transportados em 2001 e ainda no auge de sua carreira, o comandante Rolim morre em um acidente de helicóptero no dia 08 de julho, em Ponta Porã, aos 58 anos. Casado com dona Noemy desde 1966, deixou um legado para os filhos Maria Cláudia, Maurício e Marcos.

"Toda grande obra é fruto da obsessão de um sonhador", dizia Rolim.

* Fonte: Arquivo TAM e "O Sonho Brasileiro", de Thales Guaracy


 
O último tombo do aventureiro. (revista veja)
A morte trágica do comandante
Rolim Amaro, da TAM, no auge
de sua carreira, foi surpreendente
mas não altera o quadro da aviação
comercial brasileira
Descrição: http://veja.abril.com.br/veja_notitia/imagens/fioassinatura.gif

Rolim Amaro em uma de suas viagens, na Argentina, no ano passado e o helicóptero depois do acidente
A foto do comandante Rolim Amaro que ilustra esta reportagem foi tirada por Miguel Pacheco Chaves, amigo há mais de trinta anos, numa das muitas viagens que os dois fizeram juntos. Rolim Amaro pilotava sua motocicleta em San Antonio de los Cobres, no norte da Argentina, no ano passado. Aventuras assim eram comuns na vida do comandante da TAM. Ele era louco por motocicleta e avião. Tinha duas BMW e uma Harley- Davidson. Pilotava jatos com freqüência. Ultimamente, tomou-se de paixão por helicópteros. Acontece que numa das negociações que fez acabou se tornando representante, no Paraguai, da Robinson Corporation, fabricante americana de helicópteros. E ganhou um aparelho de presente. Era um aparelho vermelho com quatro lugares, capaz de voar à velocidade de 177 quilômetros por hora. Foi ele que caiu no domingo passado perto de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia junto à fronteira com o Brasil, matando Rolim e Patrícia dos Santos Silva, gerente da TAM. "Para piloto de avião, o helicóptero é uma armadilha. Rolim superestimou a própria habilidade e morreu como gostava de viver: correndo riscos", diz o empresário e piloto Pacheco Chaves.
Rolim Amaro tinha 58 anos. Era carismático, espirituoso, hiperativo. Assumiu a TAM, que nasceu quarenta anos atrás como uma empresa de táxi aéreo, e levou-a ao primeiro posto no ranking das empresas aéreas brasileiras. "Ele era um mestre nas relações públicas. Era impossível não perceber quando o comandante entrava num ambiente", diz Osires Silva, presidente da Varig, que conhecia Rolim havia 38 anos.
A TAM cresceu muito, e rápido, por várias razões, algumas notáveis. Ele acertou quando apostou nos aeroportos localizados no centro das grandes cidades, justamente quando eles vinham sendo substituídos por mega aeroportos construídos na periferia. Rolim instalou-se nos aeroportos pequenos e antigos e ganhou a clientela que precisava poupar tempo. Ele também encontrou um jeito diferente de lidar com os passageiros. Tratava a todos como rei. Tinha até tapete vermelho estendido na porta de embarque. Distribuía prendas, conversava com todo mundo e criou o programa "fale com o presidente", para ouvir reclamações e elogios, e providenciar as mudanças necessárias para que todos se sentissem importantes em seus aviões. "A TAM provocou uma transformação no serviço aéreo comercial do país. Os passageiros eram considerados um mal necessário. Depois que Rolim começou a tratá-los a pão-de-ló, todas as companhias tiveram de imitá-lo", diz Constantino Júnior, presidente da Gol Transportes Aéreos.
Rolim deixou três filhos: Maria Cláudia, de 34 anos, que é diretora de marketing da TAM, Maurício, de 30, diretor da TAM Táxi Aéreo, e Marcos, de 17, estudante, o mais parecido com o pai. Seu sucessor na empresa é Daniel Mandelli Martin, amigo de infância que se casou com sua irmã. Mandelli era, até a semana passada, vice-presidente corporativo e de estratégia da companhia. Era o braço direito de Rolim, quem punha em prática as idéias mirabolantes do comandante. No mundo da aviação, todos apostam que, sob sua batuta, a TAM continuará em ascensão. Daniel não tem o carisma de Rolim. É de pouca conversa. Mas vinha assumindo muitas das funções do comandante com sucesso. "Mandelli é bom como Rolim. E não é tão impulsivo, faz mais contas antes de tomar uma decisão", diz George Ermakoff, presidente da RioSul.
As companhias aéreas brasileiras andam enfrentando dificuldades. Elas pagam o aluguel de seus aviões, peças, combustível e manutenção em dólar. Com o câmbio desvalorizado, estão com as contas desequilibradas. Na última quinta-feira, a Transbrasil, a pior da turma, teve um avião apreendido pela Justiça. Na sexta, a GE pediu a falência da companhia. A Vasp tem frota própria, mas os aviões são antiquíssimos e ela foi obrigada a deixar suas rotas internacionais. A Varig já passou por uma série de reformas e continua dando prejuízo. Apesar de ter perdido seu piloto, a TAM é a mais faceira das empresas aéreas do país. E tem a vantagem de ter sua administração profissionalizada. Há alguns meses, Rolim decidiu criar vice-presidências e se afastar do comando das operações. Ele queria ficar apenas com o planejamento estratégico da companhia e aproveitar a vida. Tinha um medo tremendo de envelhecer. Morreu se divertindo, no auge da carreira.