quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Conheça mais sobre Steves Jobs


Steve Jobs
Steven Paul Jobs (24/02/1955 – 05/11/2011) foi um empresário e inventor americano, fundador e ex-presidente da empresa Apple, de eletrônicos e do estúdio de animação Pixar, e é considerado um dos maiores visionários dos últimos tempos.

Em 1976, Steve Jobs fundou aquela que se tornou uma das mais valiosas e inovadoras empresas do mundo, a Apple Inc. Steve Jobs é o pai de produtos revolucionários como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad, que mudaram para sempre o mundo da tecnologia.

Steve Jobs nasceu em San Francisco, seus pais lhe deram para adoção, pois não tinham condições de criá-lo. Com apenas 17 anos, Steve Jobs entrou na Universidade Reed College em Portland, Oregon e, depois de 6 meses, acabou abandonando, pois os custos eram muito altos e ele não tinha condições de pagar.

Steve Jobs foi o responsável por transformar a Apple na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, e ele foi também um dos maiores defensores da popularização da tecnologia, e não apenas para as pessoas com maior poder aquisitivo.

Em 1984, Steve Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma empresa de desenvolvimento de softwares, que eram direcionadas aos mercados de educação superior e administração. Porém, 12 anos depois, a Apple comprou a NeXT, e Jobs voltou a sua antiga empresa. Steve Jobs permaneceu na Apple, como CEO, até agosto de 2011, como CEO, inclusive reergueu a empresa de uma crise financeira, porém, devido ao estágio avançado de sua doença, achou melhor renunciar.

Além da Apple, sua carreira como empreendedor também não parou por aí, Steve Jobs também foi um dos fundadores da Pixar Animation Studios, empresa que criou alguns dos mais bem sucedidos filmes de animação de todos os tempos, incluindo Toy Story, Monsters Inc, Finding Nemo, Os Incríveis, Cars e Ratatouille. Em 2006 a Pixar foi comprada pela Walt Disney Company.

Steve Jobs, desde 2004, lutava contra um câncer no pâncreas, e faleceu em 05 de outubro de 2011.




O retrato de um gênio - Steve Jobs

A biografia autorizada de Jobs traz o relato definitivo das idiossincrasias, da genialidade e das fragilidades do fundador da Apple


Biografia de Steve Jobs: um relato das características geniais e frágeis do fundador da Apple
Um dos paradoxos da vida de Steve Jobs é que, apesar de sua conhecida mania por segredo e privacidade, muitos dos detalhes de sua personalidade eram conhecidos do público.
Nos incontáveis obituários e tributos que se seguiram à sua morte, em 5 de outubro, nenhum de seus traços deixou de ser examinado: a obsessão, o detalhismo, as grosserias, a genialidade, o charme.
Mas o retrato sempre pareceu um pouco fora de foco, pois as histórias sempre vinham de segunda ou terceira mão. Aqueles que foram humilhados em público, aqueles que viram de perto o nascimento de produtos revolucionários, aqueles com quem Jobs dividiu suas angústias e suas alegrias quase nunca falaram com detalhes e abertamente sobre suas experiências.
Até agora. Steve Jobs, a biografia autorizada escrita pelo jornalista Walter Isaacson (Companhia das Letras, 632 págs.), é o relato definitivo da vida e do legado daquele que já vem sendo considerado um dos maiores homens de negócios do último século.
As motivações de Jobs de “mudar o mundo” e sua busca pela perfeição já foram repisadas, mas no livro elas ganham nova vida quando se expressam nos detalhes do dia a dia. Jobs se revoltava com a caligrafia do convite de casamento tanto quanto exigia decidir onde ficariam os banheiros de sua empresa.
O livro também revela o que já se aventava: nove meses se passaram entre o diagnóstico de seu câncer e a primeira operação. As histórias são muitas. Dão ideia da maluquice do personagem nas primeiras páginas, e tornam-se melancólicas quando aquela força da natureza se esvai por causa da doença. A seguir uma pequena amostra do que foi Steve Jobs.
Adoção
Jobs soube desde cedo que era adotado. Quando tinha 6 ou 7 anos, lembra de ter contado o fato a uma vizinha. “Então isso significa que seus pais verdadeiros não queriam você?”, a menina perguntou. Ele ficou arrasado. Em casa, seus pais o tranquilizaram: “Nós escolhemos especificamente você”.A ideia de ter sido abandonado e escolhido teve um efeito forte sobre a personalidade de Jobs. “Steve me falou muito sobre o abandono e a dor que isso causou. Isso o fez independente. Ele seguiu a batida de um baterista diferente, e isso veio por estar em um mundo diferente daquele em que nasceu”, diz o amigo Greg Calhoun.
O início da Apple
Na parceria entre Jobs e Wozniak, o segundo sempre esteve à frente dos feitos em eletrônica e programação. Nos primeiros dias da amizade, quando os negócios começaram a engrenar, o pai de Wozniak, Jerry, chegou a sugerir que Jobs não merecia fazer parte do negócio, pois não produzia nada.
“Você não merece merda nenhuma”, disse a Jobs. O próprio Wozniak saiu em sua defesa. Ele admite que, sem Jobs, jamais teria criado uma empresa em torno de suas invenções. “Nunca me passou pela cabeça vender computadores”, afirma ele. Dessa parceria nasceria a Apple.
Drogas
Jobs disse que as drogas psicodélicas tiveram um papel central em sua personalidade criativa e que o tornaram “mais iluminado”. Ele fumou maconha pela primeira vez aos 15 anos. Mas o que realmente mudou sua vida foi o ácido.
“Tomar LSD foi uma experiência profunda, uma das coisas mais importantes da minha vida. O ácido lhe mostra que há um outro lado da moeda, e você não consegue se lembrar dele quando o efeito passa, mas você sabe dele.
O LSD reforçou minha noção do que era importante — criar grandes coisas em vez de ganhar dinheiro, pôr as coisas de volta no fluxo da história e da consciência humana, tanto quanto eu pudesse.”
Os bens materiais
Entre os muitos paradoxos aparentemente irreconciliáveis da personalidade de Jobs estava a sua crença budista na libertação dos bens materiais. “Nossos desejos de consumo são doentios.
Para atingir a iluminação é preciso desenvolver uma vida sem apegos nem materialismo”, disse Jobs a uma namorada. Ela respondeu dizendo que ele estava fazendo o contrário, criando computadores que as pessoas desejariam.
“No fim, o orgulho que Jobs sentia dos objetos que fabricava foi mais forte do que sua sensível noção de que as pessoas deviam evitar o apego a esses bens”, escreve Isaacson.
Vegetarianismo
Jobs abraçou o vegetarianismo logo que entrou na faculdade. Ao longo de sua vida, houve diversos episódios de dietas extremas, com purgações, jejuns e dias à base de cenoura ou maçãs. Sua recusa em comer melhor se tornou um problema depois que foi diagnosticado com câncer.
Seu organismo precisava de uma nutrição balanceada. As refeições em sua casa passaram a incluir peixe e frango, e seu filho abandonou o vegetarianismo. Mas Jobs não seguiu as recomendações médicas.
A única exceção era o sushi de enguia, uma iguaria no Japão. “Ele amava tanto esse prato que permitia que a enguia cozida se passasse por comida vegetariana”, relata Isaacson, autor do livro.
Um produto só
Ao contrário de outros fabricantes de meados dos anos 80, Jobs acreditava piamente que um computador deveria ter hardware e software integrados, tudo parte de uma coisa só. Isso significou, entre outras coisas, que o sistema operacional da Apple jamais seria fornecido a outros computadores, como fez a Microsoft com o Windows.
Sua obsessão em manter a Apple e seus computadores como entes isolados fez com que chegasse a encomendar ferramentas especiais, para que ninguém fosse capaz de abrir a caixa do Macintosh.


Uma casa muito engraçada
“Desculpem, não tenho muita mobília”, dizia Jobs a quem o visitava em sua casa. “Simplesmente não teve como.” Essa era uma de suas idiossincrasias constantes: por causa de seus critérios rigorosos de qualidade, além de uma tendência espartana, ele relutava em comprar qualquer móvel que não o encantasse.
Tinha uma luminária Tiffany, uma mesa de jantar antiga e um videolaser num Trinitron da Sony. Mas, em vez de sofás e cadeiras, almofadas de bolinhas de isopor no chão.
O convite de casamento
Jobs tinha uma paixão especial por tipografia. Quando estava planejando o casamento, Laurene Powell chamou a responsável pela caligrafia dos convites para mostrar algumas opções.
Ele não voltou. Powell foi procurá-lo e o encontrou no quarto. ‘Livre-se dessa mulher’, disse ele. ‘Não consigo olhar para o material dela. É uma merda.’ ”
As entrevistas de emprego
Jobs sempre quis ter em sua equipe apenas funcionários da mais alta competência. Por isso, ele nunca se afastou do processo de contratação. A missão era trazer para a Apple gente criativa, muito inteligente e um tanto rebelde. Os candidatos que não se encaixassem no perfil corriam o risco de ser caçoados em público.
Certa vez, Jobs entrevistou um candidato a uma posição para gerente de software. Sua aparência de convencional demais para a Apple ficou evidente logo de cara.
Entre as perguntas, estiveram: “Com que idade você perdeu a vir­gindade?” e “Quantas vezes você tomou LSD?” A única decepção acon­teceu com John Sculley, que Jobs tirou da Pepsi — Sculley armaria um golpe que tiraria Jobs da empresa que ele próprio fundara.
O primeiro bilhão
Logo depois do lançamento de Toy Story, o primeiro filme da Pixar, a empresa abriu o capital na bolsa. Ao final do primeiro dia de negociações, as ações de Jobs valiam 1,2 bilhão de dólares, cinco vezes o que ele havia conseguido com o IPO da Apple. Mas, em entrevista ao The New York Times, Jobs diria que o dinheiro não importava. “Não há iates no meu futuro. Nunca fiz isso por dinheiro.”

A tela multitoque
O livro de Isaacson deixa em aberto quem foi o criador de uma das principais inovações da Apple, a tela multitoque do iPhone e do iPad. Segundo uma das versões relatadas, o próprio Jobs teria feito a encomenda à equipe de engenheiros.
O designer Jonathan Ive, po­rém, conta uma história diferente. Ele teria desenvolvido a tecnologia em se­gredo com sua equipe e, quando tinha um protótipo funcional, o apresentou a Jobs, que teria ficado encantado com a ideia.
A doença
O livro confirma uma história que havia sido publicada pela revista Fortune anos antes: Jobs passou nove meses ignorando os conselhos de médicos, familiares e amigos para se submeter a uma operação. Isaacson não se propõe a especular sobre uma eventual cura, caso Jobs tivesse sido operado antes.
Mas o retrato que ele pinta é o de um cabeça-dura que acredita ser possível debelar a doen­ça “com outras coisas”, entre elas uma dieta vegetariana, acupuntura e tratamentos encontrados na internet. “Não queria que abrissem meu corpo”, diria Jobs mais tarde — segundo seu bió­grafo, com sinais de arrependimento.
O legado
No final do livro, há um longo trecho em que Jobs, em suas próprias palavras, tenta resumir seu legado: “Minha paixão foi construir uma empresa duradoura, onde as pessoas se sentissem incentivadas a fabricar grandes produtos.
Tudo o mais era secundário. Claro, foi ótimo ganhar dinheiro, porque era isso que nos permitia fazer grandes produtos. Mas os produtos, não o lucro, eram a motivação”.

Conheça revelações feitas pela biografia de Steve Jobs

 O livro, batizado apenas de “Steve Jobs”, é baseado em mais de mais de 40 entrevistas, feitas ao longo de dois anos, com o cofundador da Apple que morreu no início de outubro. Também foram entrevistados amigos, colegas e concorrentes do executivo considerado o “pai” do iPhone, do iPod e do iPad.




Android

Eu vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Eu vou entrar no modo ‘guerra termonuclear’ nesse caso”, disse Jobs, segundo seu biógrafo, em janeiro de 2010, quando a HTC lançou um smartphone com Android que tinha funções populares do iPhone. “Eu vou gastar cada centavo do que a Apple tem em banco para deixar isso certo”, afirmou o executivo.
Segundo a biografia, Jobs não queria fazer um acordo com o Google. “Eu não quero seu dinheiro. Se você me oferecer US$ 5 bilhões, eu não vou querer. Eu tenho bastante dinheiro. Eu quero que você pare de usar nossas ideias no Android”, disse Jobs à Eric Schmidt, ex-CEO do Google, responsável pelo desenvolvimento do Android.

Filhos
A filha mais velha, Lisa, era filha de seu relacionamento com Chris-Ann Brennan, que Jobs namorou antes de casar-se com Laurene Powell. Companheira de Jobs ao longo das últimas décadas, Laurene teve três filhos com o fundador da Apple, Reed, Erin Siena e Eve.
“Eu queria que meus filhos me conhecessem’, disse ele. ‘Eu nem sempre estava presente, e queria que eles soubessem o porquê disso e entendessem o que fiz.’”

Cirurgia tardia

Steve Jobs só aceitou fazer uma cirurgia que poderia salvar sua vida quando era tarde demais,” “Eles ficaram felizes quando viram a biópsia. Era um tipo pancreático de câncer que cresce devagar e pode ser curado. Ele tentou tratar o câncer com uma mudança de dieta, ele foi a espiritualistas. Ele não queria que seu corpo fosse aberto, não queria ser violado daquela maneira”, afirma.
“Ele fez a cirurgia nove meses depois e, quando operaram, viram que o câncer já havia se espalhado pelos tecidos ao redor do pâncreas.”

Obama

o encontro entre Jobs e Obama quase não aconteceu. Convidado por assessores do presidente, Jobs insistiu que só iria se recebesse uma ligação do próprio presidente. Após pressão de sua mulher, Jobs concordou. Mas sua personalidade de Jobs teria se transformado no momento do encontro.


Sistema educacional norte-americano

Durante seu encontro com Obama, Jobs criticou o sistema educacional americano, que seria prejudicado "por regras sindicais", diz a biografia. "Enquanto os sindicatos dos professores não forem desmantelados, não existe esperança para uma reforma educacional", disse Jobs, que sugeriu que os diretores das escolas tivessem autonomia para demitir e contratar professores.
Para ele, os alunos deveriam ter aula em período integral, até as 18h, e por 11 meses no ano.

A polêmica do uniforme

Steve Jobs contou ao seu biógrafo que foi vaiado ao propôr que os funcionários da Apple usassem um uniforme. Isaacson escreve que Jobs teve a ideia depois de visitar o então presidente da Sony, Akio Morita, no Japão. Ao ver que os funcionários da empresa japonesa estavam de uniformes e como aquilo os vinculava à empresa, Jobs propôs a idéia na Apple.
"Voltei [do Japão] com algumas amostras e disse para todos o quanto seria legal se todos usássemos os coletes. Fui vaiado naquele palco. Todo mundo odiou a ideia", disse Jobs à Isaacson.
Foi durante esse processo que Jobs decidiu pedir que o designer japonês Issey Miyake criasse um uniforme para ele, pela conveniência e por ser uma espécie de estilo próprio. "Então eu pedi que Miyake fizesse algumas de suas blusas pretas com gola rulê para mim e ele fez uma centena delas", disse o executivo.

O início da biografia

Isaacson conta de seu encontro com Jobs, em 2004, que rendeu o início da biografia. “Eu ainda não sabia que dar uma longa caminhada era a sua forma preferida de ter uma conversa séria. No fim das contas, ele queria que eu escrevesse sua biografia. Eu havia publicado recentemente uma de Benjamin Franklin e estava escrevendo outra sobre Albert Einstein, e minha reação inicial foi perguntar, meio de brincadeira, se ele se considerava o sucessor natural naquela sequência. Supondo que ele estava no meio de uma carreira oscilante, que ainda tinha muitos altos e baixos pela frente, eu hesitei. Não agora, eu disse. Talvez em uma década ou duas, quando você se aposentar”, diz o livro.
Isaacson continua: “Depois me dei conta de que ele havia me chamado logo antes de ser operado de câncer pela primeira vez. Enquanto eu o observava lutar contra a doença, com uma intensidade incrível, combinada com um espantoso romantismo emocional, passei a achá-lo profundamente atraente, e percebi quão profundamente sua personalidade estava entranhada nos produtos que ele criava. Suas paixões, o perfeccionismo, os demônios, os desejos, o talento artístico, o talento diabólico e a obsessão pelo controle estavam integralmente ligados a sua abordagem do negócio, e decidi então tentar escrever sua história como estudo de caso de criatividade.”

Bill Gates

"Bill [Gates] basicamente não tem imaginação e nunca inventou nada, e acho que é por isso que ele se sente mais confortável fazendo filantropia do que no mercado de tecnologia. Ele apenas roubava as ideias dos outros, sem vergonha alguma", diz Jobs no livro

Pai biológico

Steve Jobs era adotado e teve a oportunidade de conhecer seu pai biológico, que era dono de um restaurante que o executivo frequentava em San Jose. “Foi fantástico. Eu já tinha ido ao restaurante algumas vezes. Lembro de ter conhecido o dono, um sírio. Nós trocamos um aperto de mãos. Na época, eu já era um homem rico e não confiei que ele não ia me chantagear ou ir falar com a imprensa sobre o assunto.”

  “Faça aquilo de que você gosta – Mesmo que no começo pareça que não vai dar certo”
Steve Jobs




Referencias Bibliograficas:
·         Revista Época 10 Outubro de 2011.